Crime

Menina de 11 anos que teve bebê após estupro está grávida novamente

Dessa vez, ela foi estuprada pelo tio

Dessa vez, ela foi estuprada pelo tio, que dormia no mesmo quarto que ela
Dessa vez, ela foi estuprada pelo tio, que dormia no mesmo quarto que ela |  Foto: Reprodução
 

Uma menina de 11 anos, que teve seu primeiro filho fruto de um estupro por parte de seu primo, agora espera mais um bebê. O segundo filho da vítima também foi originado por um estupro. O exame realizado na última sexta-feira (9) ,no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada em Teresina, confirmou a gestação. Ela está grávida de três meses do tio.

Segundo informações, foram educadores de um abrigo em Teresina, aonde a menina morava há um mês, que a levaram para fazer o exame acreditando que ela poderia estar grávida. "Ela estava sem menstruar, arredia e com comportamentos suspeitos. Levamos na maternidade para fazer exame e foi constatado que ela está grávida de três meses. Foi um susto, um choque", informou a conselheira tutelar Renata Bezerra à Folha de São Paulo. A criança não tem um bom relacionamento com os pais e, por isso, não ficava mais na casa deles.

A menina, dessa vez, vai ter um filho fruto de um abuso cometido por seu tio. Ela estava na casa da avó anteriormente, onde morava com o pai, quando o tio a abusou. Os dois dormiam no mesmo quarto. 

Em 2021, a menina foi estuprada em um matagal por seu primo de 25 anos. Ele, que foi assassinado, é o pai do primeiro filho dela. Esse primeiro bebê nasceu no ano passado e vive hoje com o avô, que tem uma renda de R$ 600 do Auxílio Brasil.

A mãe da menina se recusa a permitir que ela realize um aborto. O mesmo ocorreu com a primeira gravidez da criança, que também foi impedida de realizar o procedimento por causa de sua mãe, mesmo com o consentimento do pai. A lei permite que em alguns casos, como anencefalia do feto, casos de estupro e gravidez que ofereça risco de morte para a gestante, o aborto seja permitido, mas, como a criança é de menor, ela precisa ter a autorização dos pais. 

"A menina já vive um trauma da primeira gravidez, não tem condições de cuidar de mais uma criança. Ela está sem dormir, perdendo sua infância. Mas a mãe não autorizou o aborto", disse Renata. 

A mãe também diz que a criança não quer realizar o aborto, mesmo sabendo que, no parto, corre risco de morte.

O primeiro filho da menina completa seu primeiro ano de vida neste mês de setembro. A menina de 11 anos não estuda mais e não quer fazer acompanhamento psicológico. 

O caso está sendo acompanhado de perto pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. 

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